No Capítulo Anterior...
Com a tempestade, o
Peter e a Emi iam dormir mais uma conosco, não falo pela Emi, nem pelo Peter em
si, mas pelo Peter e a Melody com aquele grude nojento.
- Então... Vamos ficar nesse tédio todo, a noite toda? –
Falou a Melody.
- Podemos jogar cartas enquanto o sono não vem. A gente
monta dois grupos, que tal?! – Indicou a Euge.
- Claro! I Love Cards! Vamos ganhar amor... – Completou
minha mãe.
- Vou pegar... – Saiu a Euge.
Acho que a Euge
invés de ir pegar as cartas foi “fazê-las”, tava demorando demais para quem foi
apenas pegar as cartas no quarto que era perto da sala principal.
- Eeeugee! Vem logo! – Gritei. Nada dela responder. – Cadê
ela?
- Euge, vem logo, queremos jogar, dear... – Falou minha mãe.
- Eu vou atrás dela... – Disse isso e me levantei em direção
ao quarto. – Euge... Cadê você? Encontrou as cartas? Responde... Olha, se for algum
tipo de brincadeira, eu não to gostando nada, viu?! Aliás... Ninguém está
gostando! – Dizia isso enquanto ia em direção ao quarto.
A porta do quarto
estava entre aberta e a luz acesa.
- Euge, encontrou as cartas? – Disse entrando no quarto.
Abri a porta toda e me assustei com o que vi.
- Euge! Mas... O que aconteceu?! – Ela estava sentada na
cama com as mãos e pés amarrados e a boca amordaçada. – O que aconteceu? Quem
fez isso? – Logo me assustei, pois todos da casa estavam na sala, mas achei que
seria alguma brincadeira dela tentando me assustar, de fato nem tentei
desprendê-la.
Euge tentava
dizer alguma coisa, mas não dava pra entender.
- Euge, acaba com essa palhaçada e vamos jogar, é sério... –
Disse ainda duvidando daquilo.
Ela logo começou a
chorar e se debater, então vi que o negócio era sério mesmo.
- Amiga, amiga, quem fez isso? – Disse aquilo já tentando
tirar aquela mordaça da boca dela que chorava desesperada.
- Ai, droga! Euge, tá muito difícil. Espera, vou chamar
alguém pra me ajudar... Fica calma! Merda! Não posso deixar você só. Pera...
vou gritar!
- Você não vai fazer isso... – Disse um alguém que chegou no
quarto e como eu estava de costas não vi quem era, mas logo reconheci, aquela
voz familiar não confundia. – Por fim nos reencontramos filha amada! – Virei-
me e tirei a certeza de quem era. O maníaco do meu pai estava na minha frente e
por incrível que pareça, com a mesma roupa de sempre, o chapéu e a velha amiga;
aquela arma asquerosa. – Vem dar um abraço no seu paizão, vem! – Aquele olhar
malvado me dava medo.
Minha vontade era
de chorar, mas não ia dar gosto àquele crápula. Não sei como, mas ele fugiu do
hospital psiquiátrico onde estava. Permaneci calada olhando medrosamente pra
ele.
Hoje: É apenas um sonho - Parte I
Ele continuava
olhando para mim e minha vontade era de chorar.
- Eu tenho nojo de você, psicopata! – Falei para ele com
minhas palavras quase afogando- se em lágrimas.
- Chega de estupidez! Chega! – Respondeu o Bartô num tom
silencioso, mas raivoso. – Vamos deixar os dramas familiares para depois. Agora
você vai me ajudar a sair daqui, mas antes me ajudará trazendo todos para cá
para que eu possa enfim me vingar, principalmente da lesada...
- Nunca que eu vou ajudar você! Em nada! Por mim você
apodrece em algum hospício, ou até mesmo na cadeia!
- Quieta garota estúpida! Agora você vai gritar e chamar
todos para esse quarto!
- Eu já disse que não! – Falei lentamente e com raiva.
- Vai sim! Claro que vai! – Bartô terminou aquilo e me puxou
o cabelo, ficou com ele nas mãos e me apontando aquela arma. – Vai, Lali!
Grita!
Não me restava
outra opção a não ser gritar, mesmo sabendo que ele iria fazer mal a todos.
- Mããe! – Gritei chorando.
- Isso! Chama a mamãe, chama!
- Mãe! Socorro! Socorro! – Continuei gritando desesperada.
Pelo visto os
gritos não foram à toa, ouvi passos em direção ao quarto, passos apressados.
- Lali, filha! O que houve? Outro pesadelo? – Disse minha
mãe que acabava de chegar preocupada. – O que aconteceu aqui? – Espantou-se ao
ver a Euge amarrada junto a mim no chão.
- Ele, mãe... – Falei chorando.
- Ele quem? Lali... Ele quem? – Perguntou minha mãe ainda
preocupada.
- Eu, amor! Eu! – Disse o Bartô que saia de trás do armário
onde estava escondido.
- Você? O que faz aqui, doente? Era para estar preso num
manicômio! Vai embora daqui! – Gritava minha mãe apavorada com o que via.
- Bartô! – Falou o Peter que também se assustou.
- Peter! Que saudades de você! – Ironizou o Infeliz.
- Então você é o ex-marido dela? E o que faz aqui, demônio?
– Perguntou o Nico que abraçava a Gimena.
- Simples! Vim fazer uma coisa que deixei pendente há meses
atrás... Fazer a Lali, minha querida e amada filha sofrer, para que possa se
arrepender de tudo que fez contra minha vontade. – Respondeu o Bartô
enfurecido.
- Eu vou ajudar vocês a saírem daqui. – Disse o Simon em voz
baixa enquanto Bartô discutia com o Nico. Ele conseguiu nos desamarrar, quer
dizer, soltar os nós.
- Nem ouse fazer isso, moleque! – Respondeu o Bartô que com
certeza percebeu o que fazia o Simon e disparou um tiro contra sua barriga.
- Simooon! – Gritei ao vê-lo caindo no chão.
- Simon! Filho! Fala comigo! – Dizia o Nico que segurava a
cabeça do Simon que estava caído no chão ainda acordado.
- Está vendo o que você fez seu monstro? – Gritava a Gimena.
- E farei pior com quem tentar me impedir. E você, Lali! Vem
comigo! – Disse o Bartô que voltou a puxar meu cabelo e me levou até ele pelo
mesmo.
- Solta ela, covarde! – Gritou o Peter enfrentando o Bartô.
- Sai da frente, garoto imbecil! – Respondeu o Bartô que
puxava cada vez mais meu cabelo. – E espero que ninguém tente nada contra mim,
ou ela morre. – Dizia ele me apontando a arma.
- Solta a minha filha! – Gritou a Gimena.
- Para trás! – Gritava o Bartô que me levava até fora da
casa.
Bartô conseguiu me
levar até fora da casa, todos nos seguiam e ele continuava ameaçando me matar.
- Vamos conversar! Nada se revolve com violência! – Dizia a
mãe do Nico.
- Não temos que conversar nada! Agora é da minha maneira!
Entra no carro, Lali!
- Eu não vou entrar em nada! Me solta! – Ainda tentei me
soltar, mas como ele segurava meu cabelo me machucava.
- Entra! – Gritou ele. Fiquei com medo de que fizesse algo
pior que planeja fazer. Entrei no carro com o qual ele veio até a casa.
- Pra vocês que ficam... Até nunca! – Disse aquilo e ainda
apontando a arma entrou no carro.
Ele corria em alta
velocidade, a tempestade que ainda caía não o assustava, a pista molhada muito
menos.
- Para onde vai me levar? – Já tinha parado de chorar, só
estava com medo.
- Você vai saber... – Respondeu sem olhar para mim.
- Bartô... Para o carro! Por favor... Lembre-se que da
última vez você capotou e só faltou tirar a nossa vida. Para! Por favor... Você
precisa se tratar, está com algum problema mental. – Pedi já voltando a chorar.
- Não! Você agora vai provar do doce gosto do sofrimento,
vou fazer acontecer o que eu disse meses atrás quando te tirei da casa daquele
estúpido do Peter. E eu não tenho nada! Só ódio!
Ele já tinha andado
por uns 20 minutos numa pista deserta até pegar uma estrada de barro mais
deserta ainda.
- Parece que temos companhia... Mas é melhor assim, vão
todos de uma vez só! – Comentou o Bartô.
Olhei pelo
retrovisor e deu pra ver uma luz –de carro- um pouco atrás da gente. Cada vez
mais se aproximava do nosso carro, o que fez o Bartô correr ainda mais.
- São eles! – Falou o Bartô enfurecido com o que acontecia.
- E o que você esperava? Que não viriam atrás de nós? Você é
burro demais, Bartô! Agora você vai para onde merece! – Disse aquilo de forma
alegre.
- Se você diz... – Respondeu ele que girou o carro na
estrada e tomou rumo de volta para a pista, o que eles não esperavam e nos
perderam de vista.
- Um a zero para mim! – Disse ele que terminou com uma
gargalhada.
- Pode dizer o que quer comigo?
- Calma filha! Eu já disse que vai saber muito em breve...
- Quer me matar? É isso? Então me mata logo! Aqui, agora,
vai me mata! Mas por favor, deixa minha família em paz!
- Quieta! Família? Você chama aquilo de família? – Gritou
ele.
- Sim! E olha como fala deles! Ao contrário de você, não
eram eles que me batiam, me proibiam de sair de casa, e foram eles que me
acolheram depois daquele acidente que você causou.
- Fica quieta! – Gritou ele me levantando a mão com intenção
de bater.
Bartô parou o carro
no meio da estrada logo após tentar me bater, o medo tomou conta de mim, com
certeza iria fazer algum mal a mim, iria me matar.
- O que vai fazer? – Perguntei, mas fiquei no vácuo. – O que
vai fazer? Responde! – Insisti.
- Estou apertado! Preciso sair, e ai de você se tentar
escapar...
Bartô saiu do carro
e fechou a porta. Consegui vê-lo até a beira da estrada. Aquela era minha
chance de fugir, uma vez que fugisse dali ele não me encontraria e eu buscaria
ajuda imediatamente.
- Burro! – Disse aquilo e abri a porta.
Me assustei quando
ao sair encontrar o Bartô bem na minha frente.
- Eu sabia que ia fazer isso... Burra! – Disse ele que ainda
colocou um pano com uma substância forte na minha cara me fazendo cair em sono
forte.
CONTINUA...
(E DIA 2 DE JANEIRO, NÃO PERCAM O ÚLTIMO CAPÍTULO DA WEB.)
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