No Capítulo Anterior...
Estávamos na sala,
só faltava a Gimena descer. Depois de uns 5 minutos ela desceu. Chegou
arrasando. Eu a Euge até aplaudimos.
- Agora podemos ir, sim?! – Perguntou a mãe do Nico.
- Calma! Eu e a Gimena queremos dizer uma coisa. – Falou o
Nico pegando a mão da minha mãe e sorrindo. – Nós estamos namorando! – Ele
disse de uma vez só. Todos se surpreenderam e felicitaram o novo casal. Os dois
sorriram, agradeceram e se beijaram.
- Eu também tenho algo a dizer, quer dizer, pedir... – Até
que fim ele falou! Nico Riera soltou a voz, e eu já sabia pra que era. – Vem cá
Euge! Nico, eu quero namorar a Euge. – Eles também formam um belo casal. O Nico
passou um tempinho em silêncio.
- Se fizer ela sofrer eu te mato. E falo sério. – Esse era o
bordão dele pro caso se alguém fizer os filhos sofrerem. Com isso era um sim.
Euge e Nico deram um beijo.
- E agora? Podemos? Ou ainda falta outro casal de namorados?
– Perguntou rindo a mãe do Nico.
- Falta sim! – Ouvi a voz do Peter vindo por trás de mim.
Sem que eu me virasse achei que seria por mim e que ele iria causar uma briga
pelo fato de que eu escolhei o Simon. Uma briga de despedida. Meu Deus! Quando
tudo vai acalmar? Virei-me pra ele e vi uma cena diferente da que pensei. Peter
e Melody estavam de mãos dadas e sorrindo.
- Eu e a Melody estamos namorando. – Disse o Peter.
- Isso mesmo! Agora somos um casal... – Disse a girafa
sorrindo e eles se beijaram.
Pouco me importou
aquilo, só não sei por que fiquei chocada e meio chateada com aquilo. Peguei na
mão do Simon. Agora tem casal pra ninguém botar defeito; eu e o Simon, minha
mãe e o Nico, Euge e o Nico Riera, e... A girafa e o Peter... Por enquanto só
namorados.
Hoje: "Voltei!"
- Parabéns, paixão! Te Amo! – Disse o Peter me olhando e
sorrindo.
- Brigada, príncipe. Também amo você! – Sorri pra ele que
pegou em minha mão e me beijou.
- Filhota! Happy Aniversity! – Disse minha mãe com um
chapeuzinho de festa na cabeça.
- É Birthday, lesada! – A corrigi e ri. – Mas brigada! Amo
muito você! – A beijei. – Ai gente, sério, amo demais vocês – comecei a me
emocionar nessa parte -, obrigada por tudo... A minha mãe, ao Nico, Simon, Euge,
Nico da Euge, Mãe do Nico que eu ainda não lembrei o nome – ri nesse momento -,
sogrinha, a você Peter, meu amor! Amo vocês! – Abracei novamente minha lesada.
Enquanto a
abraçava, ouvi sete disparos, por mais que tenham sido bem próximas a casa não
me assustou, exceto quando ouvi um oitavo disparo. Olhei para minha mãe e ela
chorava e sorria olhando pra mim com cara de dor, aquele tiro, o oitavo, foi
nela, fiquei sem reação, ela caiu no chão aos meus pés. Por fim olhei ao redor
e vi que os outros sete foram nos outros que estavam comigo na casa.
- Feliz Aniversário pequena! Eu voltei pra cumprir com o que
um dia eu falei pra você. Acho que você lembra, não?! – Disse meu pai que
acabara de entrar na sala com uma arma na mão, vestido da mesma forma que
sempre se vestiu, e sem faltar, claro, maldade em seus olhos. Então lembrei do
dia em que ele foi me buscar na casa do Peter.
FLASHBACK:
- Quero
apenas conversar com você em particular. Só eu e você! – Pediu meu pai a mim.
Fiquei reclusa a ir.
- Não vou te
bater nem te matar... Vem! – Meu pai me chamava. Ele estava mais calmo.
- Se fizer
alguma coisa eu grito. – Disse isso e entrei com ele no quarto da Emilia.
- Lali se
precisar é só gritar! – Dizia a Emilia.
- Ta bem!
- Bom, posso
começar a falar? – Perguntou meu pai.
- Vai!
Fala...
- Você vai
voltar pra casa comigo, e sem dar nenhum piu! – Meu pai disse aquilo um pouco
baixo e mudando a expressão. A raiva dele estava voltando.
- Mas você
disse que eu poderia ficar. Que não ia mais me pressionar!
- Você é
muito ingênua, Lali! – Meu pai tirou a arma do paletó bem devagar. Fiquei
assustada.
- Se fizer
alguma coisa eu grito, já disse.
- Você não
vai gritar, nem cismar para ficar aqui. Ou você volta por bem, ou fica e quando
menos esperar sua mãe morre, e depois venho aqui, mato a sua sogrinha e esse
moleque estúpido que você ama. Aí não me importaria em depois me matar.
Naquele momento comecei a derramar lágrimas,
sem berros.
- Então? Vai
ou fica? Ah, se gritar, se pelo menos mostrar algum sinal que está sendo
ameaçada, aí eu faço tudo isso ainda hoje. Você não quer ver sua lesada morrer,
quer? E as outras duas pessoas dessa casa? Quer ver elas mortas?
FIM DO FLASHBACK
- Com certeza foi isso aí que você lembrou, querida! Só que
diferente do que eu disse, eu não vou me matar, pelo contrário, continuarei
vivo! Já você... Não posso dizer o mesmo... – Meu pai preparou a arma para
atirar. – Comemore seu último aniversário em outro plano, desgraçada!
- Nããããããããããão! – Gritei desesperada.
- Nããão! Para Bartô, Para! – Acordei no sofá da sala
desesperada e chorando. Nesse momento
todos correram até mim.
- Filha, Lali, foi só um pesadelo, calma! Você apenas
cochilou e teve um pesadelo – Disse minha mãe me abraçando.
- Ela falava Bartô?! – Comentou a Emi.
- Quem é Bartô? – Indagou o Simon.
- Um monstro! Um monstro que um dia aterrorizou nossas
vidas – Completou minha mãe ainda
abraçada comigo. – Já pode falar o que aconteceu, amor?
- Era meu aniversário, estávamos todos aqui. Eu ouvi oito
disparos, quando me dei conta, tinha sido em cada um de vocês. Por fim ele me
lembrou de uma ameaça que ele fez quando estávamos lá na Emi, no quarto.
- Ameaça? Lá em casa? Quando? – Perguntou surpresa a Emi.
- No dia que ele descobriu que eu estava lá e fingiu querer
conversar comigo no quarto. Quando disse que mataria as pessoas que eu amava,
na época citou apenas você, a minha mãe e o Peter, isso se caso eu não voltasse
com ele pra casa. E no sonho ele ainda atirava em mim, o que me fez acordar...
E não sei por que, mas me deu a estranha sensação de, não sei, estar correndo
perigo, medo de que aconteça...
- Não vai acontecer! Calma! – Disse o Simon me abraçando.
- E então, mãe, vamos?! Tá ficando tarde. – Perguntou o
Peter.
- Claro, vamos sim! – Respondeu a Emi.
- Mas já? What? Não Pitinho, fica só mais essa noite.
Please! – Disse a girafa beijando a boca do Peter. Peraí... “Pitinho”? Além de
brega, é ‘copiona’! Roubando as palavras da mamis.
- Claro meu amor! O combinado foi só até o jantar! –
Completou o Peter, com certeza querendo causar ciúmes... Coitado!
- Ai amor, brigada por me dar força... – Retribuí os ciúmes
(que não estavam causando em mim, mas...) com o Simon. O beijei.
- Vamos né, mãe?! – Perguntou novamente o Peter. Emi
concordou balançando a cabeça.
- Ai gente, não sei nem como agradecer o que fizeram pela
gente. Muito obrigada! Ah, e quero vocês passando final de semana na minha
casa, certo?! – Completou a Emi.
- Não tem o que agradecer... Vocês que voltem sempre! –
Disse a mãe do Nico sorrindo.
Enquanto se despediam,
a eletricidade caiu e ouvimos um trovão, um vento forte entrou na casa e logo
começou a chover muito forte. - Acho que ninguém vai mais para casa... –
Comemorou a Melody.
- Claro que vamos... Vai passar rápido, é só uma nuvem... –
Outro trovão se ouve. – Espero... – Terminou o Peter.
Meia hora já havia
passado. Depois uma hora inteira, e a chuva continuava forte, uma tempestade
estava caindo.
- Vamos com a tempestade mesmo. – Disse o Peter quebrando o
silêncio.
- Estão loucos? Claro que não... Vocês vão dormir aqui esta
noite! Amanhã vocês pegam a estrada... – Interrompeu a mãe do Nico.
Com a tempestade, o
Peter e a Emi iam dormir mais uma conosco, não falo pela Emi, nem pelo Peter em
si, mas pelo Peter e a Melody com aquele grude nojento.
- Então... Vamos ficar nesse tédio todo, a noite toda? –
Falou a Melody.
- Podemos jogar cartas enquanto o sono não vem. A gente
monta dois grupos, que tal?! – Indicou a Euge.
- Claro! I Love Cards! Vamos ganhar amor... – Completou
minha mãe.
- Vou pegar... – Saiu a Euge.
Acho que a Euge
invés de ir pegar as cartas foi “fazê-las”, já havia passado 10 minutos desde que saiu em busca das mesmas. tava demorando demais para quem foi
apenas pegar as cartas no quarto que era perto da sala principal.
- Eeeugee! Vem logo! – Gritei. Nada dela responder. – Cadê
ela?
- Euge, vem logo, queremos jogar, dear... – Falou minha mãe.
- Eu vou atrás dela... – Disse isso e me levantei em direção
ao quarto. – Euge... Cadê você? Encontrou as cartas? Responde... Olha se for
algum tipo de brincadeira, eu não to gostando nada, viu?! Aliás... Ninguém está
gostando! – Dizia isso enquanto ia em direção ao quarto.
A porta do quarto
estava entre aberta e a luz acesa.
- Euge, encontrou as cartas? – Disse entrando no quarto.
Abri a porta toda e me assustei com o que vi.
- Euge! Mas... O que aconteceu?! – Ela estava sentada na
cama com as mãos e pés amarrados e a boca amordaçada. – O que aconteceu? Quem
fez isso? – Logo me assustei, pois todos da casa estavam na sala, mas achei que
seria alguma brincadeira dela tentando me assustar, de fato nem tentei
desprendê-la.
A Euge tentava
dizer alguma coisa, mas não dava pra entender.
- Euge, acaba com essa palhaçada e vamos jogar, é sério... –
Disse ainda duvidando daquilo.
Ela logo começou a
chorar e se debater, então vi que o negócio era sério mesmo.
- Amiga, amiga, quem fez isso? – Disse aquilo já tentando
tirar aquela mordaça da boca dela que chorava desesperada.
- Ai, droga! Euge, tá muito difícil. Espera, vou chamar
alguém pra me ajudar... Fica calma! Merda! Não posso deixar você só. Pera...
vou gritar!
- Você não vai fazer isso... – Disse um alguém que chegou no
quarto e como eu estava de costas não vi quem era, mas logo reconheci, aquela
voz familiar não confundia. – Por fim nos reencontramos filha amada! – Virei-
me e tirei a certeza de quem era. O maníaco do meu pai estava na minha frente e
por incrível que pareça, com a mesma roupa de sempre, o chapéu e a velha amiga;
aquela arma asquerosa. – Vem dar um abraço no seu paizão, vem! Voltei, Lali! Voltei! – Aquele olhar
malvado me dava medo.
Minha vontade era
de chorar, mas não ia dar gosto àquele crápula. Não sei como, mas ele fugiu do
hospital psiquiátrico onde estava. Permaneci calada olhando medrosamente pra
ele.
CONTINUA...
(BOM GALERA, A WEB VOLTOU A SER POSTADA, MAS TALVEZ SÓ UMA VEZ NA SEMANA, QUEM SABE ATÉ DUAS. PROMETO NÃO CANCELÁ- LA MAIS. DESCULPEM PELA ENOORME DEMORA. ESPERO QUE GOSTEM DO CAPÍTULO)
Adorei!!
ResponderExcluirMt interessante