No Capítulo Anterior...
Lá do
mirante além de ver o mais lindo pôr do sol, também dava pra ver as mais lindas
constelações.
- Também
está sem sono? – Disse o Simon que apareceu de repente. Tive até um susto
quando ele disse aquilo.
- É! Tentei
dormir, mas aí peguei a olhar pras estrelas, aí vim até aqui vê- las. São
lindas. Você também?
- O quê? Sem
sono ou olhar as estrelas? – Perguntou ele
- Se está
sem sono! – Disse rindo
- É também!
A Euge me dizia que a nossa mãe agora faz parte das estrelas, que toda vez que
alguém morria iria brilhar a noite no céu, olhando o que a gente fazia, e quando
dormíssemos ela iria até o nosso quarto nos dá um beijo de boa noite. Até que
um dia quis passar a noite acordado só pra ver ela. – Ele riu assim que
terminou de contar aquilo.
- A Euge é
um anjo. Mal me conheceu e se tornou minha melhor amiga. Conta mais, se puder e
quiser, é claro!
- Sobre? –
Perguntou ele
- Você e a
Euge quando crianças, sei lá! – Respondi.
- Deixa eu
lembrar... Ah, uma vez tranquei ela
dentro do armário lá no meu quarto, e tranquei a porta e levei a chave, ela
ficou lá a manhã toda. Aí quando vi que meu pai parecia um louco procurando por
ela, aí a destranquei. – Disse ele rindo.
- E depois?
– Perguntei.
- Depois ela
me deu uns tapas e meu pai me deu uma surra. – Ele riu mais ainda. – Disse que
eu não fizesse mais aquilo e blá blá blá.
- E
atualmente você ainda faz isso? – Perguntei eu rindo
- Olha, pra
falar a verdade a última vez que eu fiz uma coisa dessas foi no ano passado
quando ela queria se encontrar com um garoto, aí dessa vez foi no banheiro, e
depois meu pai brigou com ela e não comigo.
- Credo,
coitada da sua namorada ou alguma garota que você tiver afim. – Disse.
- Nunca
faria isso contigo! – Ele disse aquilo baixo, mas deu pra entender.
- Quê? – Me
fiz de desentendida.
- Nada não.
Sabe, minha avó tem um jeito de nos fazer dormir. Quer saber como? – Disse ele
mudando o assunto. Balancei que sim com a cabeça.
- É assim,
pera. – Disse ele deitando- se num colchonete que tinha lá. – Vem, agora deita
perto de mim e põe a cabeça sobre o meu peito.
Sério mesmo que ele queria aquilo? Ele
estava sem camisa, eu não queria não por isso, mas, sei lá. Fiquei sentada lá
olhando pra ele.
- Vem, não
vou te morder. – Disse ele me chamando. Fiz do jeito que ele queria. – Agora
fecha os olhos e pensa nas melhores coisas do dia e até mesmo que já te
aconteceram. Imagine como seria a vida perfeita.
Fechei os olhos e fiz do jeito que ele
disse, parece que estava dando certo. Imaginei desde o dia que acordei naquela
cama, que conheci toda essa família que agora é a minha família, o Simon
sorrindo pra mim e me nomeando, o Nico dizendo que ia nos ajudar, a mãe do Nico
que eu ainda não sei o nome, na Euge que agora é minha melhor amiga, e até
mesmo na Melody, chata.
- Posso te
dizer uma coisa? – Perguntou ele falando no meu ouvido.
- Diz! –
Disse eu baixinho ainda com os olhos fechados.
- Desde que
você chegou aqui não consigo tirar você do meu pensamento, comecei a ficar
perdido. Desde que te vi, não me reconheço mais no espelho. Você é o antes e o
depois da minha vida. Com você sou outro. Por você estou perdidamente
apaixonado, você me deixa louco! Minha Mar. Desculpe, não conseguia mais com
isso entalado, eu precisava desabafar... – Disse ele.
Abri os olhos, me sentei e olhei nos olhos
dele (mesmo estando escuro, a luz da lua nos clareava). Fiquei pasma com o que
ele me disse.
- Eu te amo,
Lali! Te amo! – Disse ele também sentando- se.
- Eu também,
Simon. Eu te amo! – Disse eu me declarando para ele.
Nos beijamos e nos abraçamos. Eu também o
amava muito, um amor que ia além da amizade que eu tinha por ele.
- Eu te amo!
Eu te amo! – Disse ele.
- Eu também.
– Disse isso e o beijei novamente. – Mas esse texto não é seu, eu sei. –
Comecei a rir e ele também.
- Não mesmo,
foi o que o Salvador disse pra Linda em Casi Angeles. – Disse ele rindo.
- Depois
quero saber sobre isso tudo.
- Você é a
Linda, que apareceu desmemoriada na vida dele, e eu sou seu Salvador! – Disse
ele.
Voltamos a nos beijar.
Hoje: Somos Namorados
Eu o Simon falamos com o Nico e ele aceitou
numa boa, quer dizer, foi quase uma hora para que ele caísse na real, o resto
da casa, aceitou numa boa. Foi mais ou menos assim:
- Gente, eu
e a Mar estamos... – Dizia o Simon
- Namorando!
– Disse eu sorrindo.
- Galera,
que ótimo, agora meu irmão não vai ser tão carente! Felicidades, meu irmão e
minha cunhada irmã! – Dizia a Euge nos abraçando e sorrindo feliz.
-
Felicidades, filhos! Uma ótima notícia. Acredite Marzinha, o Simon é um bom
rapaz. Sejam felizes. – Dizia a avó do Simon nos abraçando e sorrindo.
- Pera, como
bom? Como bom? Vocês são quase irmãos! É irmãos, de coração, passaram meses
como irmãos, desde que a Mar chegou aqui são irmãos, pelo menos eu os considero
como irmãos, meus filhos. – Dizia o Nico que não engolia aquilo.
- Olha pelo
lado bom, você tem um filho genro e uma filha nora! – Disse eu caindo na
risada. Gargalhei com aquela bobagem.
- Há quanto
tempo estão escondendo isso? Desde quando são namorados? – Perguntava o Nico.
- Ontem!
Ontem que aconteceu tudo! – Disse o Simon. – Eu estava sem sono, fui pro
mirante, por coincidência ela estava lá, aí fui ensinar a ela um jeito de
dormir mais fácil, e não resistimos e aconteceu!
- Aconteceu
o quê? – Perguntava o Nico com cara de “Se foi aquilo eu te mato”.
- O Beijo,
pai! O Beijo! – Disse o Simon.
- Então,
deixa? Aceita, sei lá! – Perguntei ansiosa.
- Vocês não
entendem. Não é porque eu não queira, é que vocês se gostam muito, desde quando
você veio pra cá Mar, o Simon não para de falar em você, é Mar pra cá, Mar pra
lá, e tenho certeza que você gosta dele, e além desse amor de namorados, vocês
têm um amor fraterno, de irmão, amigo. Mar, desde que você chegou aqui te
considero minha segunda filha, a pessoa que faz o meu filho sorrir, que me faz
sorrir, a melhor amiga da Euge e mais uma companhia para minha mãe. Eu te adoro
Mar, nem sei como vai ser quando você recuperar a memória – Nesse momento o
Nico começou a chorar –, obviamente vai querer voltar pra lá, e será mais uma
angústia na minha vida. E vocês três são meus filhões, juntos com a minha mãe e
a Melody são minha vida, se acontece alguma coisa com vocês eu morro, se sofrem
eu também sofro, e meu medo é que você Mar e você Simon sofram se caso essa
escolha der errado! – Disse o Nico que já tinha parado de chorar
- Então é
não?! – Perguntei
- Não, não
disse isso. Mar e Simon, eu aceito numa boa, agora se sofrerem vocês se viram,
mesmo que eu sofra junto. Agora essa de namorados. – O Nico terminou aquilo
rindo e abraçando nós três. (Eu, o Simon e a Euge).
Depois disso a Melody não falou mais comigo,
pelo menos só o necessário, vai entender, já que quando me vi aqui ela já era
uma chata.
Amanhã era aniversário do Simon, e naquela
noite ia ter uma festa. Ele ia convidar mais amigos que parentes, já que os
amigos do colegial moravam perto e a maioria da família morava longe.
- Pega só as
maduras, Mar! – Dizia a Euge enquanto pegávamos morango. Uma delícia!
- Os mais
vermelhas? Ou pode ser também esverdeados?
- De
preferência as mais vermelhas. Os verdes não são tão gostosos. –
Dizia a Euge colocando um na boca. – E o meu irmão? Como é essa vida de
namorados, agora? – Disse ela sorrindo.
- É divina!
Sabe, o seu irmão foi um dos maiores presentes que recebi estando aqui. Ele é
divo! Me ama, eu amo ele... – Respondi
- Ainda bem,
porque se ele pensar em te fazer sofrer corto o pescoço dele. – Disse a Euge
rindo e me fazendo rir também – E isso serve pra você também, tá, cunhada? –
Ela riu mais uma vez.
- Nos
amamos, Euge! Eu amo o seu irmão! – Disse eu rindo.
- Também amo
vocês. Agora continua aí que vou lá dentro deixar esses. – Disse a Euge e logo
em seguida indo embora.
Continuei colhendo os morangos. Pegava um e
comia dois..
- Pelo visto
está ganhando a confiança de cada um daqui, não é Mar? – Disse a Melody
chegando de repente e me assustando.
- Que susto,
garota! – Respondi.
- Não mude
de assunto! Desde que você entrou aqui minha vida virou um inferno! Você roubou
o meu bem mais precioso. Por que você tinha que aparecer? Por quê? – Dizia ela
com muita raiva.
- Olha aqui,
não roubei nada! E mais, não entrei aqui porque quis. Me encontraram e tiveram
o bom coração em me ajudar. E faz favor, vai espalhar seu veneno em outro
lugar, ta bem?
- Roubou
sim! O Simon!
- Quê? Você
e o Simon são primos.
- Mas eu
sempre o amei, e chegaria o dia de vivermos juntos como um casal. Eu amo o
Simon, mas você o roubou! Sua vadia! – Disse ela com mais raiva ainda e me
dando um tapa.
- Vadia é
você! – Retruquei e meti a mão na cara da Melody.
- Mostrando
as asas, mosca morta? Pois fique sabendo, anã, que eu não cansarei até que você
e o Simon se odeiem. Você vai sofrer o dobro da minha infelicidade quando vejo
os dois juntos. Ai de você se não sair de perto dele e até mesmo se contar pra alguém
isso aqui.
- Sai daqui
girafa! – Gritava eu com raiva.
- Se liga! –
Disse ela.
- O que está
havendo aqui? – Disse a Euge que chegou assustada.
- Dava pra
ouvir os gritos do outro lado da casa! – Dizia o Simon que chegou correndo até
onde estávamos.
- A Mar viu
uma cobra e se assustou. Por isso os gritos! – Disse a Melody.
- Isso! Aí a
Melody passava por aqui e tentou ajudar, mas aí a cobra foi embora. – Disse eu
concordando com aquela vadia.
- Mas eu
ouvi girafa. – Disse a Euge confusa.
- Era uma jiboia
enorme! Ela rastejava com aquela língua pra fora. Deu muito medo! – Respondi.
- Já passou!
Está tudo bem agora. – Disse o Simon me abraçando. A Melody olhava furiosa pra
mim.
- Vem Mar! A
vovó vai preparar um chá de camomila pra você se acalmar. Vamos! – Dizia a Euge
pegando na minha mão.
- Cuida
dela, Euge. – Disse o Simon.
CONTINUA...
(COMENTEM POR FAVOR! SE LEREM COMENTEM, POR FAVOR! O 9º CAPÍTULO JÁ ESTÁ FICANDO PRONTO, SE TUDO DER CERTO POSTAREI NA TERÇA - FEIRA HÁ ESSE MESMO HORÁRIO. ACREDITEM, O 9º ESTÁ IMPERDÍVEL (TEM REENCONTRO LALITER), OPS, FALEI DEMAIS).

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