Una llave para otro mundo - Capítulo 23

    No capítulo anterior...

     Lali se levanta para beber água e esfrega os olhos, como estava escuro ela achava que eram Gastón e Tefy. Nesse momento Gastón entra no quarto para trazer chocolate a Tefy, ele acende a luz e vê Tefy e Peter se beijando. Lali mesmo sonolenta vê a cena e começa a chorar.

Gastón - Tefy? (Tefy para de beijar Peter)

Tefy - Gastón? Mas você não estava me beijando?

Peter - Você não é a Lali? (Peter olha para o lado e vê Lali chorando)

Lali*em pensamento - Sabe quando você sente que está caindo e esse buraco não tem fim? Bem, é isso que estou sentindo agora. Não queria admitir estar apaixonada, por medo de sofrer. Agora eu sei que nunca deveria ter admitido amar. Hoje aprendi que o amor e o ódio, você sente por quem menos espera, quando menos espera. E até acho, que amor e ódio podem até ser a mesma coisa dependendo da situação... Principalmente na minha situação.

...

Una llave para otro mundo

Capítulo 23 - Decepções e revelações

Cena I

         

     Com Lali, Peter, Gastón e Tefy...

Peter - Lali, não é o que parece... (Lali sai correndo e chorando e Gastón sai decepcionado)

Tefy*alterada - Viu o que você fez seu tonto? Será que você poderia ter pensado em uma surpresa durante o dia pra ela? Agora o amor da minha vida está bravo comigo por sua causa.

Peter - Se você tivesse percebido talvez eu não tivesse perdido a futura mãe dos meus filhos!

Tefy*chorando - Desculpa, acho que não foi culpa de ninguém, afinal, nós dois tivemos as melhores das intenções.

Peter - Me desculpe também, vou sair daqui antes que acabe quebrando alguma coisa de raiva! (Peter sai e Tefy cai na cama chorando)

Tefy*chorando - Meu Deus, se no primeiro degrau que eu tropeço essa é a reação, acho que o Gastón nunca confiou em mim. Eu quero morrer, ai Deus me acuda. Por favor, Gastón, confia em mim, maninha, confia no Peter. Agente não fez nada de propósito. (Tefy pega um pote de sorvete do congelador e fica comendo e chorando)

Tefy - Conseguiu o que queria amor? Agora vou virar uma bolinha!

Cena II

     Com Peter...

     Ele estava na quadra de basquete, deitado no chão e chorando e Luna estava disfarçadamente olhando Peter...

Peter - Será que ela não confia em mim? Ela acha mesmo que eu a trairia? O que eu vou fazer sem a Lali? Não dá pra viver sem ela, é impossível. Ela tem que me dar mais uma chance, como ela adoraria dizer, una vez más. UNA vez más, Lali. Só uma chance. (Luna entra na quadra e senta ao lado de Peter)

Luna - O que aconteceu?

Peter - A Lali... a Lali!

Luna - A Lali...?

Peter - Está muito brava comigo.

Luna - Calma. É só uma briga de namorados.

Peter - Não Luna, não foi uma simples briga. Quando eu brigava com a Lali no acampamento, eu não sentia essa dor no coração.

Luna - Se ela realmente te ama, ninguém vai acabar com isso. Confie em mim, um ser humano tentou, eu, e não conseguiu. E não é um erro que fará isso. (Peter abraça Luna)

Peter - Obrigada, você é uma grande amiga! Tenho certeza que AGORA posso confiar em você. (Luna sorri, ela realmente só queria Peter como amigo agora)

Luna - Conte comigo!

Peter - Acho que vou dormir, toda essa confusão me deixou cansado.

Luna - Não sei qual é essa confusão, mas confio que você está cansado! (Peter e Luna saem e cada um vai para seu quarto)

Cena III

     Com Emi e Camilo...

     Emi já tinha mostrado todas as fotos das meninas para Camilo e contado tudo sobre elas.

Emi - Bem, agora é sua vez. Por que você sumiu? A pergunta que vale 1 milhão.

Camilo - Opa, um milhão?

Emi - É, vou lá na fazenda do meu tio colher o maior milho que eu achar.

Camilo - Não quero mais.

Emi - Mas você vai ter que contar a história do mesmo jeito. Pode começar...

Camilo - Naquela época, todos os meninos que faziam 18 anos tinham que jurar bandeira, e se fossem convocados para uma guerra ou algum serviço governamental que precisasse de um exército, éramos obrigados a ir. Meses depois de você me contar que estava grávida, me convocaram. Não queria te contar, você iria sofrer muito com isso, e como a missão era só depois da Mar nascer, decidi te contar depois.

Emi - Mas Camilo, por que não me contou?

Camilo - Na hora não tive coragem. Pensei que ia ser só por alguns meses e depois voltaria para explicar tudo.

Emi - E por que não voltou?

Camilo - Fui feito de refém. Estávamos numa missão para resgatar os árabes dos escombros de um desmoronamento, algumas famílias acharam que nós estávamos matando os que encontrávamos vivos, porque muitas vezes não resistiam até o hospital. Uma dessas famílias me capturou e me fez de refém. Depois de 6 meses me soltaram, e isso porque disse que tinha uma família me esperando no meu país, enquanto eu estava lá, não pensava em nada que não fossem vocês.

Emi - E quando você voltou? Por que não nos procurou Camilo?

Camilo - Esse é o problema, quando me soltaram já tinham me dado como morto e ido embora. Tive que trabalhar duro durante anos pra conseguir dinheiro e voltar. E quando cheguei aqui não tinha dinheiro nem para pegar um ônibus. Não tinha como descobrir onde estavam. Recorri ao Nico, meu velho amigo. Ele me emprestou dinheiro e meu deu uma casa, comecei a trabalhar e hoje tenho meu apartamento. E eu estava justamente tentando encontrar vocês!

Emi*chorando - Então esses anos todos, você estava lutando para viver e nos procurando e a egoísta aqui achando que tinha nos abandonado? Eu nunca vou me perdoar Camilo, eu fui mesquinha. Me perdoa? Por favor, me perdoa, eu me arrependo de todo o coração. (Emi abraça Camilo)

Camilo - Ei, a culpa também não foi sua, pensou o pior, mas pensou com razão. Não é normal alguém sumir assim durante tantos anos.

Emi - Mesmo assim, eu devia ter te procurado antes de tirar conclusões precipitadas.

Camilo - Calma, o importante é que agora está tudo bem.

Emi -Ainsa preciso de emprego.

Camilo - Então amanhã vamos ao hospital procurar um emprego pra você.

Emi - É, porque eu não vou virar uma dona de casa que é sustentada pelo marido.

Camilo - Caro, você é uma mulher independente.

Emi*se levantando - Sou mesmo. Agora tchau que eu quero dormir, pra amanhã acordar disposta na minha entrevista de trabalho.

Camilo - Mas antes eu quero te fazer uma pergunta.

Emi - Fala...

Camilo - Estamos bem?

Emi - Claro!

Camilo - Não, o que eu quero dizer é se estamos juntos de novo?

Emi - Não sei, tudo aconteceu tão rápido, só hoje aconteceu um vendaval de coisas. Eu ainda nem sei como eu vou contar isso pra Lali.

Camilo - Então tudo bem. Mas pense no meu caso Emi. E uma dica, essa não é uma notícia legal pra se dar por telefone.

Emi - Você tem razão, esperamos ela voltar. Tchau.

Camilo - Tchau. (Emi abre a porta e vai embora)

Camilo - Nem acredito que está tudo bem outra vez.

Cena IV

     Com Lali e Gastón...

     Lali saiu correndo de seu quarto e foi para o refeitório que estava deserto e escuro. Quando Gastón chega.

Gastón*decepcionado - Calma Mar.

Lali - Como ficar calma? Não entendo como você está tão calmo com isso, o Peter estava me traindo no meu próprio quarto. E a Tefy, ela é minha irmã, me traiu.

Gastón - Eu estou mal igual a você, a única diferença é que você foi traída pelo seu namorado e sua irmã, e eu pela minha namorada e meu amigo de infância.

Lali - Como ele pode? Eu o amava! Por que ele fez isso?

Gastón - Acho que eles se confundiram, acharam que estavam beijando nós.

Lali - Me poupe Gastón, aquele teatrinho de: “Você não era a Lali?”, você caiu naquilo mesmo?

Gastón - Não, mas é nisso que eu prefiro acreditar.

Lali - Gastón, eu sou uma chifruda. Eu estava com medo justo de me tornar chifruda e meu pesadelo virou realidade.

Gastón*rindo - Só você me faz rir numa hora dessas.

Lali - Mas é sério Gastón. Eu nunca vou amar de novo.

Gastón - Lali, você é uma menina bonita, além de que o Peter te ama. Agora pensa em mim, eu pareço uma anta de tão feio e as únicas pessoas que conseguiram me amar foram meus pais e a Tefy.

Lali - E você acha que minha vida foi diferente? Eu nem tenho pai Gastón, só tinha o Peter a Tefy e minha mãe. E agora, bem, só sobrou minha mãe. (Lali abraça Gastón).

Lali - Por favor me ajuda!

Gastón - Primeiro se acalme, depois aos poucos tudo vai ficar bem.

Lali*chorando - Mas eu não consigo viver um dia sequer sem o Peter. (eles param de se abraçar)

Gastón - Eu disse pra se acalmar, não pra chorar.

Lali*rindo - Para, eu quero chorar, então me deixa. Seu estraga drama.

Gastón - Não sabia que você era tão dramática.

Lali - Até parece que você não conviveu com a Tefy nesse tempo.

Gastón - Mas não sabia que eram tão parecidas. Agora vamos dormir.

Lali - Eu não durmo no mesmo quarto que aquela lá.

Gastón - Eu vou dormir, tchau. (Gastón sai)

Cena V

     No quarto de Euge...

     Alguém bate na porta e Euge vai atender.

Lali - Posso dormir aqui hoje?

Euge*sonolenta - Pode, a Jaz não dormiu aqui hoje mesmo. (Lali entra)

Lali - Obrigada Euge.

Euge*se jogando na cama - De nada. (Lali vai se deitar)

Lali - Onde a Jaz está? Euge? Você está ai? (Euge tinha dormido)

Lali - Está bom né. (Lali tenta dormir).

Cena VI

     Com Jaz e Tato...

     Eram 6 horas da manhã.

Tato - Namorada! Jazmin, acorda! Não podem ver agente aqui.

Jaz - Só mais 10 minutos mãe, hoje é sábado.

Tato - Sábado? De onde você tirou que é sábado. E não é sua mãe é seu namorado. (Jaz se levanta)

Jaz - Ai é estamos no meio do mato.

Tato - Estamos no meio do mato e picados por mosquitos.

Jaz - Diga por você, eu passei repelente. (eles saem de lá e vão para o corredor dos quartos)

Tato - Tchau namorada.

Jaz - Tchau namorado. (eles se beijam e entram em seus quartos)

     No quarto de Euge...

Lali e Euge - Namorado é?

Jaz - Lali, o que faz aqui?

Lali - Nesse momento quero uma roupa emprestada e saber dessa história. (elas riem)

Cena VII

     Já estava quase na hora da aula e a maioria dos alunos já estava nos corredores esperando o sinal. Tefy estava andando distraída e triste por ai., quando ela esbarra em alguém e derruba os livros. Tefy começa a juntar os livros.

Luca - Desculpa. Eu te ajudo a juntar.

Tefy - Não precisa, já peguei. (ela se levanta)

Luca - Nunca te vi por aqui! Qual o seu nome?

Tefy - Meu nome é Stefanya, estranho né? Também não gosto. Também nunca te vi por aqui. É de que ano?

Luca - Do 3º colegial. E seu nome é lindo.

Tefy - Eu sou do 2º. E obrigada.

Luca - Explicado. E eu sei que você não me perguntou, mas meu nome é Luca.

Tefy - Foi a distração.

Luca - Te vejo por ai. (Luca sai)

Tefy - Isso sim alegrou meu infeliz dia.

Rocio - O que aconteceu de tão infeliz?

Tefy - AAAH! Você deveria fazer mais barulho pra andar.

Rocio - RSRSRS! Ok, mas o que te alegrou? (quando o sinal toca)

Tefy - Preciso desabafar, nos falamos no lanche, acho que a professora de Ciências não gosta muito de quando conversamos na aula.

Rocio - E ela também não gosta quando dormimos.

Tefy - É, não entendo. Ou agente conversa ou agente dorme! (elas entram na sala)

Cena VIII

     Já dentro da sala...

     Todos já estavam lá e a professora de Ciências estava dando sua aula. Peter estava olhando disfarçadamente Lali e ela estava prestando atenção na aula. Tefy estava aérea pensando em Luca. Gastón estava quase dormindo.Jaz e Tato estavam se olhando apaixonados. Euge sentava no fundo e aproveitou para escutar música. Vick estava fazendo anotações sobre o que a professora dizia. A Professora estava notando que quase a sala inteira estava sem se concentrar.

Professora - Bem, as doenças de veiculação hídrica são muito perigosas, e algumas delas podem até chegar indiretamente. Agora vamos estudar sobre a cisticercose. Senhor Morales e Senhoritas Romero, sobre o que vamos falar agora? (Euge nem escutou)

Jaz - É... sobre as doenças de veiculação...

Tato - Hídrica.

Professora - E o que são doenças de veiculação Senhorita Eugenia. (Eugenia viu que a professora estava olhando pra ela e desligou a música)

Eugenia - Repete a pergunta por favor?

Professora - Contanto que preste atenção na aula não precisa responder.

     A professora continua com a aula e Peter arremessa uma bolinha de papel em Lali. A bolinha cai no chão, ela pega e abre. Lali escreve, dobra a folhinha e joga em Peter, ele abre a folhinha e vê a resposta.

    O tempo passa, chega a hora do lanche e o clima entre Lali e Peter estava cada vez pior. Finalmente a aula acaba e todos saem da sala. Lali vai lutar boxe.

Cena IX

     Com Lali e Peter...

     Lali estava esmurrando seu João bobo com uma foto de Peter colada nele. Quando Peter entra na academia.

Peter - Obrigada pro me responder, isso é um progresso. (ele anda até onde Lali estava e vê sua foto sendo esmurrada)

Peter - Hum... Ainda bem que não sou eu de verdade.

Lali - Eu não diria o mesmo.

Peter - Como eu sei que você não vai me perdoar... (Peter vai atrás de Lali e começa a fazer cosquinhas nela)

Lali - Ai para, rsrsrsr, você quer... me matar? KKKKKKahsashuas. (Lali cai no chão rindo e Peter continua)

Peter - O jeito é ameaçar.

Lali - É sério, para, rsrsrs, PARA!!! (ela dá um soco na cara de Peter por acidente e ele desmaia)

Lali - Peter! Se você estiver brincando comigo eu te mato! PETER! Acorda vai, acorda!! Eu e meus socos. Eu deveria ter dado mais aulas de resistência pra ele. PEEEEEEEEEETEEEEEEEEEER! Acorda caramba, isso é uma ordem!

     O Peter, será que está brincando ou desmaiou mesmo? E a Tefy e o Luca, sentiram alguma coisa ai no meio? Gente, eu meio que terminei de escrever esse capítulo HOJE! Por pouco eu não consigo postar! Comentem muuuito por favor, porque nesses últimos capítulos quase não estão tendo comentários *-*.