MEU PRIMEIRO AMOR TEMPORADAS

VIVER SEM TI

sábado, 31 de maio de 2014

Amor e Obsessão - Capítulo 6

“NESSA WEB EXISTEM ATORES PROFISSIONAIS, OS NOMES OU QUALQUER SEMELHANÇA COM A REALIDADE É MERA COINCIDÊNCIA.”




No Capítulo Anterior... 

 Ainda faltavam três horas para chegarmos ao lugar que seria nossa nova moradia. Comecei a chorar, de tristeza, raiva saudades e arrependimento. Estava arrependida e com peso na consciência por não ter dito ao Peter o quanto eu o amava, por não ter olhado naqueles lindos olhos e ter dito: “Ei! Eu te Amo!” e por não ter denunciado o Bartô enquanto havia tempo. Chorava com saudades dos nossos “raros” beijos, raiva do Bartô por ter impedido o nosso amor e por não ser homem o suficiente e ter ameaçado a mim usando minha mãe. Triste porque sabia que nunca mais ia ver o Peter, se dependesse do meu pai, não. E pelo visto era não mesmo.

  Passou uma hora e eu ainda chorava, quieta, mas chorava, e também tremia de frio, talvez fosse pela chuva forte que ainda caia, mas não. Eu estava ardendo de febre.

- Viu o que você consegue fazer com ela? Até deixá- la doente você consegue. Para esse carro, seu merda! – Gritava minha mãe com o Bartô – Para esse carro! Ela precisa de um hospital.

- Onde vamos achar um hospital no meio da estrada e vou parar o carro nessa chuva? Vai a pé, lesada? Não seja tão idiota, Gimena! E também essa febre já vai passar! Ela aguenta mais duas horas assim. – Falava meu pai sem dar a mínima importância.

- Mãe, já vai passar, to bem, calma! – Falava eu devagar com os olhos fechados – pois ardiam - tentando acalmar minha mãe.

- Você não ta bem, filha! Não está! Você é um monstro, Bartô! Um lixo, um diabo, eu te odeio! – Gritava minha mãe xingando meu pai.

- CHEGA! – Gritou meu pai alto e perdendo o controle do carro que desceu estrada abaixo.

  Só conseguia ouvi os gritos dos meus pais, abri os olhos e vi aquilo tudo rodando, o carro estava capotando, e por fim ouvi o grito da minha mãe que chorava chamando meu nome.

- Laaaaaaali! Minha filha...

  Depois daquilo bati minha cabeça e desmaiei.


P.S: O Carro explodiu uma hora depois de virar...


Hoje: Quem Sou? 


  Abri os olhos sem saber onde estava, apenas que estava machucada, com dores na cabeça, cansada, fraca e sangrando - tinha sangue até na minha cabeça-, cheia de arranhões. Nossa! Eu tava um horror.

  Andei um pouco, e quando não estava mais aguentando minhas pernas desmaiei em meio ao enorme mato que eu estava. Quando acordei, estava em uma cama, com a cabeça enfaixada e curativos nos arranhões. Tinha uma senhora, um rapaz – gato - e uma garota mau caráter olhando para mim. Em seguida chegou um homem.

- Como ela está? – Perguntou o homem que acabara de chegar.

- Acabou de acordar! – Respondeu o rapaz.

- Quem são vocês? Onde eu estou? – Perguntei assustada.

- Calma Querida, Calma! – Dizia a senhora tentando me acalmar.

- Me chamo Simon, eu e meu pai andávamos de cavalo e te encontramos no meio do mato, desacordada. – Disse o rapaz

- Aí te trouxemos até aqui, minha mãe cuidou de você. Me chamo Nico, pai do Simon – Continuou o homem que eu descobri que era pai do rapaz.

- Pode confiar em nós, não vamos te fazer mal. Como você se chama filha? – Perguntou à senhora.
  Fiquei quieta por um instante.

- Não Sei! Não sei! Não me lembro de nada! – Respondi apavorada.

- Com certeza bateu a cabeça e perdeu a memória. – Disse o rapaz.

- Ela tá mentindo. Não veem?! Como ela sofreu esse acidente? Se auto acidentou? Ah, isso é conversa pra boi dormir. E se ela for uma traficante e nos matar? – Dizia aquela garota mau caráter.

- Quieta Melody! Vai soltar seu veneno em outro lugar... – Dizia Simon me defendendo.

- Enquanto você não se recuperar por completo não vai sair daqui de casa. Eu, minha mãe e o Simon te ajudaremos no que for preciso! – Dizia Nico sorrindo.

- Seremos a sua segunda família, já que a primeira você não sabe quem é! Cuidaremos da sua falta de memória. – Dizia a mãe do Nico.

- Peraí, vocês mes encontraram no meio do mato? Acho que me lembro de quando acordei e não sabia onde estava. Só não sei meu nome, nem de onde venho, nem quem sou e muito menos o que aconteceu. – Disse.

- Sim! Te encontramos no mato, um pouco longe daqui e estava perto da estrada. Uns três quilômetros dela... – Disse o Simon.

- Você estava com uma febre enorme quando te trouxeram pra cá. Aí ontem a tarde você esfriou mais. – Disse a doce senhora.

- Ontem? Mas vocês não me encontraram hoje? – Perguntei.

- Hoje? Ai, ai, me faça rir. Você já dorme há três dias, garota! Preguiçosa você é! – Disse a Melody.

- Melody, sai daqui! – Ordenou o Pablo.

- Você precisa de um nome! Maria, talvez... – Disse o Nico.

- Não! Mariana. Que tal? – perguntou a senhora.

- Marianella! Aí te chamamos de Mar... – Disse o Simon

- Gostei desse! Marianella! Mar... – Disse.

- Então tá, Mar. Agora você se chama Mar!  - Disse o Nico sorrindo. Sorri para eles.

  Eu estava feliz naquele lugar, era uma fazenda, linda. Era um lugar pacífico, tinha um mirante que dava pra ver o mais lindo pôr do sol. Eu me sentia segura com a ajuda do Nico, do Simon e da mãe do Nico, a avó do Simon. A Melody, prima do Simon, era uma perua que parece que só quer me ver longe, se bem que eu a considero uma carta fora do baralho. Gamei no Simon.

- O que faz? Marianella? – Perguntou o Simon sorridente.

- Nada. – Respondi meio tímida. Eu estava sentada num balanço que tinha lá.

- Ah... Gosta de balançar? – Perguntou ele sentando ali no chão.

- Não sei! Isso que é ruim, não sei de nada. Nem se gosto de balançar...

- Quer experimentar? – Perguntou ele animado.

- Quero! – Respondi sorrindo e alegre.
  Simon veio pra trás de mim e começou a me balançar naquela coisa.

- Então Mar? O que achou? – Perguntou ele.

- É o máximo! É muito legal. Agora sim eu posso dizer... – Disse sorrindo e feliz

- Dizer o quê? – Perguntou

- Que gosto de balançar, ora! – Respondi alegre. Ele riu daquilo e me balançava mais.

- Mais alto! Mais alto! – Pedia eu rindo.

- Gostou tanto assim, foi? – Perguntava ele rindo e me balançando mais alto até me soltar e cair no chão em cima das folhas que tinham lá.

- Mar! Mar! Está bem? Se machucou? – Perguntava o Simon preocupado.

- Calma! Tô bem... – Respondi.

- Quer outra vez? – Perguntou ele

- Agora não! Depois... – Respondi.

- Sabe, não vi sua mãe. Onde ela está? – Perguntei. Ele ficou quieto por alguns instantes.

- Minha mãe... Morreu! – Respondeu ele sem expressão.

- Nossa! Desculpe, não queria. – Respondi me sentindo uma idiota.

- Já faz tempo. Ela morreu assim que eu nasci. Enfim... – Respondeu ele.

- Duvido você me pegar! – Disse aquilo e saí correndo. Ele corria atrás de mim.

  Era uma delícia ficar ali, naquela sombra fresca debaixo daquela enorme árvore. Corríamos como crianças.

- Não me pega Simon! Você é um bunda mole! – Dizia eu correndo e rindo.

- Ah é?! Você vai ver esse bunda mole. – Disse ele rindo.

  Não sei bem o que ele fez, acho que acelerou os passos e pôs o pé entre os meus que caí no chão mais uma vez, ele caiu na própria jogada e caiu em cima de mim, mas acho que na verdade ele fez aquilo de propósito.

- Você é linda, Mar! – Disse ele em cima de mim.

- Você também, Simon! – Respondi.

  Ficamos olhando fixo um para o outro. Ele se aproveitava da situação, com certeza.


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