“NESSA WEB EXISTEM ATORES PROFISSIONAIS, OS NOMES OU QUALQUER SEMELHANÇA COM A REALIDADE É MERA COINCIDÊNCIA.”
No Capítulo Anterior...
Saímos daquela casa, eu e o meu pai. Meu pai
agarrado no meu braço com muita pressa, e eu com muita tristeza.
- Entra em
casa! Vai! – Disse meu pai.
Assim que entrei vi minha mãe chorando no
sofá com algumas malas ao seu redor. Fiquei surpresa, o que era aquilo? Ia expulsar
minha mãe de casa?
- O que
significa isso? O que é isso? Via expulsá-la de casa? Se for por causa de
ontem, saiba que tudo foi culpa minha, ta bem?
- Não se
preocupe, as minhas e as suas já estão no carro. – Respondeu meu pai.
- Malas?
Carro? Vai se mudar? – Perguntei
- Sim! Para
outra cidade. Longe daqui. – Respondeu meu pai.
- Não vai
fazer isso. Não vai mesmo! Vem cá, mãe! Vamos lá pra casa da Emilia, se ele
quer se mudar que vá só! – Peguei minha mãe pelo braço e a levei até a porta.
- Parada aí,
“Lalinha” ou vai ser pior como eu te disse. – Meu pai continuava nos ameaçando.
- Não podemos
filha! Se fugirmos ele me mata! Desculpa! – Dizia minha mãe em prantos.
- Desculpa
você! Eu te meti nisso, e vou tirar... – Fui enfrentar aquele doente mental.
- Entra no
carro, Lali! Entra! – Meu pai gritava comigo a cada palavra.
- Não! E
chega com essa palhaçada toda. Chega! Você já nos fez sofrer demais, e em
especial a mim que até um tempo desse te amava, te considerava o melhor pai do
mundo – nesse instante comecei a chorar – o meu herói. Mas aí você começou com
esse ciúme obsessivo, essa perseguição imunda, tudo bem que um pai quer zelar
sua filha, mas o que você faz já é demais. Por que isso, Bartô? Amor eu sei que
não é... Isso já passa de um ciúme escroto! – Eu chorava de raiva e desgosto
por meu pai ter mudado tanto. Meus olhos estavam vermelhos.
- Baixa o
tom, garota! –Dizia meu pai quase me engolindo de tão furioso que estava.
- Para com isso
Bartô! Por favor... – Minha mãe berrava chorando. Ela se humilhava aos pés do
Bartô.
- Sai daqui,
Gimena! – Dizia meu pai muito bravo.
- Esse
monstro vai apodrecer atrás das grades, ou quem sabe em um hospício. Louco! –
Dizia eu com mais raiva ainda.
- Mais uma
vez, baixa o tom e entra no carro que está te esperando lá fora. Ou melhor, nos
esperando. Já sabe o que acontece se
você não fizer o que eu estou mandando, não é, Lali?!
- Você é um
idiota, e agora fará o que eu mando! – Peguei a arma do meu pai que estava em
cima do sofá – Agora vai lá no carro e tira todas as malas. Vai!
Eu estava furiosa e em tempo de cometer
barbaridade maior do que ele havia me ameaçado. Meus olhos estavam vermelhos de
tanto chorar e suada, muito suada. De repente meu pai começa a rir de mim.
- Do que
está rindo, covarde? – Perguntei eu ainda apontando a arma.
- Está sem
balas. Acha que eu sou tão burro assim? Agora entra no carro ou podem ter mais
dessas aqui, e carregadas de balas. – Disse meu pai rindo de mim. Soltei a arma
em cima do sofá.
- Eu quero
ver essas armas. – Fiquei parada na frente dele de braços cruzados e com raiva.
Muita raiva.
- Lali,
Lali, esse é o seu maior defeito, deixar se enganar, acreditar demais nos
outros. Agora eu quem mando. – Meu pai pega a arma e aponta para mim.
- Você é um
monstro. – Comecei a chorar mais ainda.
Saímos de casa e entramos no carro debaixo
das ameaças do Bartô. Ele não mostrava a arma porque estávamos fazendo o que
ele mandava, caso contrário, ele não se importaria em matar as pessoas que eu
amo e se matar só pra que eu sofresse sozinha, como ele disse.
- Lali! –
Disse o Peter que me viu de longe chorando no carro. O Bartô passou por ali de
propósito, aposto!
- Adeus
Estúpidos! Você nunca mais verá o amor da sua vida, Peter... – Disse o Bartô,
zombando, ao Peter e a Emilia pela janela do carro.
Virei pra trás e só consegui ver o Peter
correndo atrás de mim e chorando muito, dava também para ver a Emilia chorando.
-
Laaaaaaaaaaliiii! – Gritava o Peter cansado de correr se ajoelhando no chão e
chorando.
Hoje: Adeus Lali
Continuei olhando para o Peter até dobrarmos
a esquina. Aqueles olhos vermelhos de tanto chorar – eu também chorava -, ele
gritando meu nome, ele estava do mesmo jeito de quando saí de la, um short até
o joelho, sem camisa e de sandália – Era domingo -. O pior domingo da minha
vida.
- Para com
isso Bartô! Não vê como a Lali está?! – Gritava minha mãe chorando.
- Não! Dá
disse que não! Vamos até o fim agora. Ela me desafiou muito. Eu explodi! Cansei
de aguentar suas rebeldias. – Dizia meu pai dirigindo.
- Só fiz
aquilo porque não aguentava mais o que você fazia comigo! Me tratava como um
animal, me trancava em casa, me proibia de ter amigos e só saía para o colégio.
E não duvido de que lá seja pior do que onde vivíamos. – Disse eu chorando.
- Não se
preocupe! Não vou precisar fazer o que fazia antes... Vamos morar no campo,
respirar um ar puro, onde das cidades... – Disse meu pai rindo e dirigindo.
Eu chorava a cada metro que andávamos. Uma
vontade louca de abrir aquela porta e sair gritando, mas era impedida pela
ameaça que o Bartô fez a mim antes de entrar no carro. Eu também não podia
esquecer que ele levava uma arma.
Minha mãe dormia, tinha engolido dois
comprimidos que tomava para dormir, coitada, dormir era o único meio de escapar
dos surtos do Bartô e até porque ela estava nervosa, havia chorado demais.
- Eu to com
sede! – Falei. Naquele momento tinha parado de chorar. – Pode pelo menos parar
para comprar água?
- Já trouxe
de casa. Tem água gelada num isopor bem do seu lado. – Falou meu pai sem tirar
o olho da estrada.
Abri o isopor e tinha várias garrafinhas com
água, peguei uma, abri e tomei uns “goles”.
- Agora
dorme bem, tá?! Filhinha! – Disse o Bartô me olhando pelo espelhinho de dentro
do carro.
- Quê? –
Disse aquilo e adormeci. Aquele canalha tinha colocado sonífero na água, com
certeza para mim e minha mãe.
Quando acordei já era por volta das 15h00.
Chovia forte e acho que acordei mais pelo barulho da chuva no teto do carro.
Minha mãe já havia acordado.
Ainda faltavam três horas para chegarmos ao
lugar que seria nossa nova moradia. Comecei a chorar, de tristeza, raiva
saudades e arrependimento. Estava arrependida e com peso na consciência por não
ter dito ao Peter o quanto eu o amava, por não ter olhado naqueles lindos olhos
e ter dito: “Ei! Eu te Amo!” e por não ter denunciado o Bartô enquanto havia
tempo. Chorava com saudades dos nossos “raros” beijos, raiva do Bartô por ter
impedido o nosso amor e por não ser homem o suficiente e ter ameaçado a mim
usando minha mãe. Triste porque sabia que nunca mais ia ver o Peter, se
dependesse do meu pai, não. E pelo visto era não mesmo.
Passou uma hora e eu ainda chorava, quieta,
mas chorava, e também tremia de frio, talvez fosse pela chuva forte que ainda
caia, mas não. Eu estava ardendo de febre.
- Viu o que
você consegue fazer com ela? Até deixá- la doente você consegue. Para esse
carro, seu merda! – Gritava minha mãe com o Bartô – Para esse carro! Ela
precisa de um hospital.
- Onde vamos
achar um hospital no meio da estrada e vou parar o carro nessa chuva? Vai a pé,
lesada? Não seja tão idiota, Gimena! E também essa febre já vai passar! Ela aguenta
mais duas horas assim. – Falava meu pai sem dar a mínima importância.
- Mãe, já
vai passar, to bem, calma! – Falava eu devagar com os olhos fechados – pois ardiam
- tentando acalmar minha mãe.
- Você não
ta bem, filha! Não está! Você é um monstro, Bartô! Um lixo, um diabo, eu te
odeio! – Gritava minha mãe xingando meu pai.
- CHEGA! –
Gritou meu pai alto e perdendo o controle do carro que desceu estrada abaixo.
Só conseguia ouvi os gritos dos meus pais,
abri os olhos e vi aquilo tudo rodando, o carro estava capotando, e por fim
ouvi o grito da minha mãe que chorava chamando meu nome.
-
Laaaaaaali! Minha filha...
Depois daquilo bati minha cabeça e desmaiei.
P.S: O Carro
explodiu uma hora depois de virar...
CONTINUA...
- COMENTEM MUITO POR FAVOR E APERTEM NOS BOTÕES DE REAÇÃO LOGO ABAIXO. SEXTA (30) TEM MAIS...
(O CAPÍTULO FOI POUCO PORQUE ESSAS FORAM AS ÚLTIMAS CENA DA 1ª FASE. SEXTA (30) TEM UMA NOVA HISTÓRIA.
AGUARDEM...)
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