No capítulo Anterior...
Me levantei
e fui pro banheiro tomar banho e aliviar a tensão. O Peter me esperava no
quarto ainda sentado na cama.
- Está
melhor? – Pergunta o Peter preocupado. Respondi com a cabeça que sim.
- Obrigada.
Obrigada por tudo que está fazendo comigo! – Disse eu agradecendo.
- Sinto que
devo cuidar de você! – Dizia o Peter me abraçando
- Só não
consigo tirar da cabeça que o Bartô pode vir aqui e... – Disse eu sendo
interrompida pelo Peter.
- Já disse
para não pensar nisso! Sabe, eu te amo! – Disse o Peter me dando um beijo.
- Peter, eu
também te... – Fui interrompida mais uma vez, agora era a Emilia gritando.
- O que você
quer aqui? – Dizia ela.
Logo saquei que era meu pai que estava lá
fora.
- Sei que
você está aqui Lali! Não adianta se esconder! – Dizia meu pai se aproximando do
quarto.
Peter tapava minha boca para que nem eu nem
ele disséssemos uma só palavra.
- O que você
tá dizendo seu louco? Você não pode ir invadindo a minha casa assim... – Dizia
a Emilia.
- Eu sei que
ela está aqui, e só saio daqui com a Lali! – Dizia meu pai muito estressado.
- O que vai fazer? Sai! – Dizia a Emilia, com
certeza ele estava fazendo algo de ruim.
De repente meu pai abre a porta do quarto
onde estava eu e o Peter. Fiquei
desesperada e nervosa naquele momento, só sabia que era o meu fim!
- Te achei
fujona! – Dizia meu pai maléfico olhando pra mim com olhar de louco.
Hoje: Entrando
em desespero.
O olhar do
meu pai pra mim me deixava com mais medo ainda, tremia mais que vara verde, mas
a pedido do Peter permaneci calma, por fora, mesmo estando quase morrendo por
dentro. Estava “Entrando em Desespero” nível 100.
- Achava que
ia escapar de mim, Lali? Achava isso era? Que tolice a sua, fugir e se refugiar
na casa do namorado! – Dizia meu pai nervoso.
- Claro!
Aqui é melhor do que lá com você, ela sendo sua marionete. – Dizia o Peter.
- Não seja
idiota garoto estúpido! – Disse o Bartô.
- Olha como
fala com o meu filho, seu homem babaca! – Disse a Emilia.
- Vai
permanecer calada, Lali? – Perguntou o Bartô.
- Não tenho
nada pra falar com você. – Esclareci
- Então tá!
Vamos embora! – Meu pai me chamava
- Não! Eu
não vou, não volto!
Meu pai me olhou com um ar de raiva.
- Você quem
sabe. Não vou mais te pressionar, pode ficar. – Disse meu pai.
Eu não estava acreditando no que meu pai
tinha dito. Será que ele cansou de me fazer sofrer? Será que não vai mais me
atormentar? Meu Deus foi um milagre. Ufa!
- Quero
apenas conversar com você em particular. Só eu e você! – Pediu meu pai a mim.
Fiquei reclusa a ir.
- Não vou te
bater nem te matar... Vem! – Meu pai me chamava. Ele estava mais calmo.
- Se fizer
alguma coisa eu grito. – Disse isso e entrei com ele no quarto da Emilia.
- Lali se
precisar é só gritar! – Dizia a Emilia.
- Ta bem!
- Bom, posso
começar a falar? – Perguntou meu pai.
- Vai!
Fala...
- Você vai
voltar pra casa comigo, e sem dar nenhum piu! – Meu pai disse aquilo um pouco
baixo e mudando a expressão. A raiva dele estava voltando.
- Mas você
disse que eu poderia ficar. Que não ia mais me pressionar!
- Você é
muito ingênua, Lali! – Meu pai tirou a arma do paletó bem devagar. Fiquei
assustada.
- Se fizer
alguma coisa eu grito, já disse.
- Você não
vai gritar, nem cismar para ficar aqui. Ou você volta por bem, ou fica e quando
menos esperar sua mãe morre, e depois venho aqui, mato a sua sogrinha e esse
moleque estúpido que você ama. Aí não me importaria em depois me matar.
Naquele momento comecei a derramar lágrimas,
sem berros.
- Então? Vai
ou fica? Ah, se gritar, se pelo menos mostrar algum sinal que está sendo
ameaçada, aí eu faço tudo isso ainda hoje. Você não quer ver sua lesada morrer,
quer? E as outras duas pessoas dessa casa? Quer ver elas mortas?
Comecei a chorar mais e balancei a cabeça
negativamente.
- Vamos
embora! Seque as lágrimas e ponha um sorriso, sairemos abraçados. E ai de você
se fizer alguma coisa contra mim. – Saímos do quarto como ele queria.
Abraçados. Que nojo!
- Ela
decidiu ir comigo, voltar para a casinha dela, para o lar doce lar dela. –
Disse meu pai ao sair do quarto comigo.
- Mentira!
Ela não ia querer isso de uma hora pra outra. – Peter disse aquilo exaltado. –
O que ele te disse, Lali? O que disse a ela, seu lixo?!
- Não disse
nada nem fiz nada com ela, Peter! Agora eu vi a importância dela na minha vida.
Eu a amo! Quero vê-la feliz e se a felicidade dela depende de você não vou
impedir. Só que a quero ao meu lado. Senti a falta dela ontem quando dormiu fora
de casa. – Meu pai terminou aquilo me olhando.
- É sim,
Peter! Eu preciso voltar pra casa, o Bartô me pediu desculpas e se arrependeu
do que fez. Mas não se preocupe, pode ir lá em casa quando quiserem, também vou
vir aqui, não é Bartô?! – Olhei para ele que concordava com a cabeça.
- Você quem
sabe, querida! – Disse a Emilia me abraçando forte.
- Obrigada
por tudo! – Respondia eu.
- Obrigada
Peter! – Disse eu já me abraçando com o meu amor. Demos um beijo, acredito que
o último. Comecei a chorar.
- Por que ta
chorando meu amor? – Perguntou o Peter desconfiado.
- É que...
- Emoção!
Emoção! – Respondeu meu pai interrompendo o que eu ia falar me abraçando.
- Sempre
será bem vinda, Lali! – Dizia a Emilia.
- Tchau! –
Disse eu dando meu adeus.
Saímos daquela casa, eu e o meu pai. Meu pai
agarrado no meu braço com muita pressa, e eu com muita tristeza.
- Entra em
casa! Vai! – Disse meu pai.
Assim que entrei vi minha mãe chorando no
sofá com algumas malas ao seu
redor. Fiquei surpresa, o que era aquilo? Ia expulsar
minha mãe de casa?
- O que
significa isso? O que é isso? Via expulsá-la de casa? Se for por causa de
ontem, saiba que tudo foi culpa minha, ta bem?
- Não se
preocupe, as minhas e as suas já estão no carro. – Respondeu meu pai.
- Malas?
Carro? Vai se mudar? – Perguntei
- Sim! Para
outra cidade. Longe daqui. – Respondeu meu pai.
- Não vai
fazer isso. Não vai mesmo! Vem cá, mãe! Vamos lá pra casa da Emilia, se ele
quer se mudar que vá só! – Peguei minha mãe pelo braço e a levei até a porta.
- Parada aí,
“Lalinha” ou vai ser pior como eu te disse. – Meu pai continuava nos ameaçando.
- Não podemos
filha! Se fugirmos ele me mata! Desculpa! – Dizia minha mãe em prantos.
- Desculpa
você! Eu te meti nisso, e vou tirar... – Fui enfrentar aquele doente mental.
- Entra no
carro, Lali! Entra! – Meu pai gritava comigo a cada palavra.
- Não! E
chega com essa palhaçada toda. Chega! Você já nos fez sofrer demais, e em
especial a mim que até um tempo desse te amava, te considerava o melhor pai do
mundo – nesse instante comecei a chorar – o meu herói. Mas aí você começou com
esse ciúme obsessivo, essa perseguição imunda, tudo bem que um pai quer zelar
sua filha, mas o que você faz já é demais. Por que isso, Bartô? Amor eu sei que
não é... Isso já passa de um ciúme escroto! – Eu chorava de raiva e desgosto
por meu pai ter mudado tanto. Meus olhos estavam vermelhos.
- Baixa o
tom, garota! –Dizia meu pai quase me engolindo de tão furioso que estava.
- Para com
isso Bartô! Por favor... – Minha mãe berrava chorando. Ela se humilhava aos pés
do Bartô.
- Sai daqui,
Gimena! – Dizia meu pai muito bravo.
- Esse
monstro vai apodrecer atrás das grades, ou quem sabe em um hospício. Louco! –
Dizia eu com mais raiva ainda.
- Mais uma
vez, baixa o tom e entra no carro que está te esperando lá fora.
Ou melhor, nos
esperando. Já sabe o que acontece se
você não fizer o que eu estou mandando, não é, Lali?!
- Você é um
idiota, e agora fará o que eu mando! – Peguei a arma do meu pai que estava em
cima do sofá – Agora vai lá no carro e tira todas as malas. Vai!
Eu estava furiosa e em tempo de cometer
barbaridade maior do que ele havia me ameaçado. Meus olhos estavam vermelhos de
tanto chorar e suada, muito suada. De repente meu pai começa a rir de mim.
- Do que
está rindo, covarde? – Perguntei eu ainda apontando a arma.
- Está sem
balas. Acha que eu sou tão burro assim? Agora entra no carro ou podem ter mais
dessas aqui, e carregadas de balas. – Disse meu pai rindo de mim. Soltei a arma
em cima do sofá.
- Eu quero
ver essas armas. – Fiquei parada na frente dele de braços cruzados e com raiva.
Muita raiva.
- Lali,
Lali, esse é o seu maior defeito, deixar se enganar, acreditar demais nos
outros. Agora eu quem mando. – Meu pai pega a arma e aponta para mim.
- Você é um
monstro. – Comecei a chorar mais ainda.
Saímos de casa e entramos no carro debaixo
das ameaças do Bartô. Ele não mostrava a arma porque estávamos fazendo o que
ele mandava, caso contrário, ele não se importaria em matar as pessoas que eu
amo e se matar só pra que eu sofresse sozinha, como ele disse.
- Lali! – Disse
o Peter que me viu de longe chorando no carro. O Bartô passou por ali de
propósito, aposto!
- Adeus
Estúpidos! Você nunca mais verá o amor da sua vida, Peter... – Disse o Bartô, zombando,
ao Peter e a Emilia pela janela do carro.
Virei pra trás e só consegui ver o Peter
correndo atrás de mim e chorando muito, dava também para ver a Emilia chorando.
-
Laaaaaaaaaaliiii! – Gritava o Peter cansado de correr se ajoelhando no chão e
chorando.
CONTINUA...
(COMENTEM MUITO POR FAVOR, E APERTEM NOS BOTÕES DE REAÇÃO LOGO ABAIXO. SEGUNDA (26) TEM MAIS)
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